domingo, 31 de julho de 2016

MBSR (Mindfulness-Based Stress Reduction)


Mindfulness, ou Atenção Plena, é um estado de atenção ao momento presente que pode ajudá-lo a viver com mais satisfação, paz interior e saúde.
Tem resultados cientificamente comprovados em áreas como a redução do stress, da ansiedade, da depressão e da dor crónica, bem como no aumento da concentração e da sensação de satisfação com o próprio/com a vida.
É uma prática independente de qualquer religião e que pode ser aplicada no exato momento em que qualquer pensamento, sentimento ou situação surge.

É ADEQUADO PARA QUEM:

Este é um curso de carácter mais intensivo, recomendado para quem:
– Já fez um curso de “Introdução ao mindfulness” e gostava de aprofundar os seus conhecimentos;
– Não fez o curso de “Introdução ao mindfulness”, mas tem um interesse genuíno por esta área, estando disposto a dedicar-se a um programa de natureza mais intensiva.
E um curso recomendado também para quem:
– Quer aprofundar os seus conhecimentos sobre a meditação 

mindfulness; e
– Está disposto participar semanais nas sessões e praticar além delas, para assim potenciar os resultados da sua prática.

O programa MBSR – Mindfulness-Based Stress Reduction, foi desenvolvido no final da década de 1970 pelo médico Jon Kabat-Zinn, no Center for Mindfulness (CFM) da Escola Médica da Universidade de Massachusetts.

Desde então, mais de 22.000 pessoas realizaram, nos EUA, este programa e aprenderam a usar os seus recursos e competências inatas para responder de forma mais eficaz ao stress, à dor e à doença.

MBSR (Mindfulness-Based Stress Reduction) é, atualmente, o programa de mindfulness com mais pesquisa científica e mais praticado a nível mundial.

COMO PODE ESTE CURSO AJUDÁ-LO?

–  Trazer um estado de maior presença para o seu dia a dia;
– Manter esse estado de presença por períodos de tempo mais longos;
– Praticar a aceitação daquilo que acontece “tal como é”.
– Prolongar o seu sentimento de paz interior, independentemente das circunstâncias em que se encontra;
– Alcançar um estado de maior equilíbrio emocional e com menos 
oscilações.
– Reduzir/lidar melhor com a dor crónica e o estado de tristeza ou irritabilidade que lhe está associado.
– Melhorar outras condições de saúde como a depressão, a ansiedade, a atrite, ou o sistema imunitário.

*Eu, Camila Bárbara Teixeira, sou instrutora de Mindfulness em formação pelo Mente Aberta -UNIFESP.

Fonte: MBSR

terça-feira, 26 de julho de 2016

A mente e o cavalo selvagem

    Fonte da imagem: raca-cavalos.com

A sua mente é como um cavalo selvagem, dizia o monge. 
Os cavalos selvagens estão habituados a correrem livremente. 
Eles não estão habituados a estarem quietos por muito tempo ou de serem forçados contra a sua vontade a estarem no mesmo sítio. 

A sua mente é como um cavalo selvagem quando você senta para meditar. 
Não espere que ela fique quieta só porque você decidiu sentar e meditar. 
Em vez de tentar imediatamente focar em um objeto de meditação, dê espaço à sua mente para se ambientar, para relaxar um pouco.

Aproxime-se dela da mesma forma que estes cavalos selvagens são domados. 
Imagine que estás no meio de um campo aberto ao redor de um cavalo selvagem. 
Se o puxar logo com a corda para dentro de um estábulo pequeno ele vai espernear... 
Você terá que ter paciência. 
Terá que permitir que ele ande à vontade pelo campo aberto e aos poucos vai puxando um pouco a corda para você, vai reduzindo o espaço que ele tem para correr, e ele vai se habituando à sua presença. 

Não quer dizer que por vezes não volte a ficar agitado! 
Dá-lhe tempo e o espaço que precisa, dá-lhe “corda”. 
Permite que o “cavalo” repouse naturalmente por si, que se sinta feliz, confiante e relaxado ao ficar no mesmo sítio. 
Se meditar desta forma, com paciência, então a sua mente ficará feliz e passará também a gostar de estar no mesmo sítio...

Fonte: Get Some Headspace (adaptado)

quinta-feira, 2 de junho de 2016

A importância da compaixão em Mindfulness e na vida


Compaixão é o senso de preocupação, mas mais do que isso, é a noção clara de que todos os seres têm exatamente o mesmo direito à felicidade. Essa compreensão é que nos traz a compaixão.

Também um outro aspecto que costuma ser confundido com compaixão é a sensação de proximidade, de ligação que temos com amigos e parentes. Isso não é compaixão verdadeira, porque esse sentimento está mais ligado ao apego e afeto. 

Muitas vezes, nosso senso de preocupação com o outro depende da atitude que ele adota. Se a pessoa age de forma negativa, nosso senso de compaixão desaparece. Mas um senso de compaixão verdadeiro é o que nos leva a ver o outro como tendo exatamente o mesmo direito que eu à felicidade. 
A compaixão que se assenta no apego não se sustenta. A que se baseia na compreensão da igualdade de todos os seres é desprovida  de apego, e é verdadeira. 

Qual é o benefício da compaixão? Ela nos traz força interior. Geralmente, temos um senso de “eu, eu, eu”. E nossa mente centra tudo em nós mesmos. Então, todas as experiências negativas, mesmo pequenas, se tornam muito dolorosas. 
Entretando, quando pensamos nos outros, nossa mente se amplia, e os nossos pequenos problemas se tornam realmente pequenos, e as coisas negativas não prejudicam nossa mente. Alguns, quando experimentam tragédias que são involuntárias, se sentem enterrados em uma montanha de sofrimento. 
Mas, por outro lado, quando se pensa voluntariamente nos problemas dos outros, se procura em alivia-los de seus sofrimentos, essa atitude voluntária traz uma abertura para o ser. Dessa maneira, mesmo em meio a problemas pessoais, isso traz uma base de clareza, e a pessoa será capaz de se sustentar.
Diversas vezes, quando se pensa em compaixão por outras pessoas, alguns perguntam se isso não seria sinônimo de auto sacrifício. Não, não é. Porque você não se deve ser negligente em relação a si mesmo. 
Em um primeiro momento, podemos pensar que a prática da compaixão é diferente de uma prática de Mindfulness, pois esta visaria treinar a mente para ficar atenta ao que está acontecendo aqui e agora, enquanto que uma prática de compaixão visaria despertar a compaixão por outras pessoas e, igualmente, por si mesmo.
Entretanto, o mindfulness é indissociável da compaixão. A autocompaixão tem sido associada a um maior bem estar, incluindo diminuição da ansiedade e depressão, melhoria das competências emocionais para lidar como os problemas e compaixão pelos os outros. Pode ser considerada com um conceito constituído por 3 dimensões.
1. Autobondade: Ser bondoso(a), gentil e compreensivo(a) com você mesmo(a) quando está em sofrimento.

2. Condição Humana Comum: Perceber que não está sozinho nas suas lutas. Quando estamos em luta temos a tendência nos sentirmos especialmente isolados. Tendemos a pensar que somos os únicos a enfrentar a perda, a cometer erros, a nos sentirmos 
rejeitados ou a falhar. Mas são essas mesmas lutas que fazem parte da nossa experiência partilhada, como seres humanos.


3. Mindfulness: Observar a vida como ela é, sem julgar ou suprimir os seus pensamentos e sentimentos. Envolve a permissão e a aceitação dos sentimentos próprios, sem uma excessiva sobre-

identificação com os mesmos.

Fonte: Mindfulness e a auto compaixão

segunda-feira, 16 de maio de 2016

"A ilusão do controle"


Gostei muito desse artigo que li na ISTOÉ:
"Acho importante termos a ilusão do controle, pois ela nos ajuda a manter uma certa consistência em um mundo em constante mudança e evolução. O problema é quando confundimos a ilusão com a realidade.
A realidade é que os fatores que determinam o futuro de uma criança, uma empresa ou até um país estão, muitas vezes, totalmente fora de nosso controle ou consciência.
Mas, se não temos controle, o que fazer? Não tenho a resposta para essa questão, mas compartilho com você algumas dicas que funcionaram para mim:
1) Assuma que o controle é uma ilusão. Ao reconhecer que o número de fatores desconhecidos em qualquer situação é muito maior do que o de conhecidos, passamos a ter controle sobre não ter controle. Isso pode parecer dicotômico, mas vai lhe dar uma grande sensação de paz.
2) Saiba que tudo que está fazendo neste momento é o melhor que pode fazer. Existe um limite físico e mental para tudo o que fazemos. Além deste limite existe a fé. Se você tem fé que está fazendo o melhor que pode com o que tem, tudo que fizer se tornará mais fácil.
3) Aceite os fluxos da vida. Tudo nesta vida tem seu momento. Saber reconhecer e aceitar isso como parte da vida lhe permite evitar de tentar “plantar no outono” ou “colher frutos na primavera”. Utilize os momentos de contrafluxo para afiar seu machado.
4) Lembre-se que nada nesta vida é estático. Das águas dos oceanos às células de nosso corpo, tudo está em constante mutação. Ter consciência disso lhe permitirá saber que a todo momento existe uma chance para começar de novo.
5) Entenda que a vida é um grande e maravilhoso mistério. Embora não saibamos de onde viemos, para aonde vamos e às vezes quem somos, não devemos deixar de viver cada dia como se fosse o verdadeiro milagre que é.
Curiosamente, quase nenhum de nós tem domínio consciente sobre as funções mais básicas de nosso corpo. Respiramos, comemos e fazemos nosso coração funcionar sem esforço algum. Aliás, quando precisamos nos esforçar para controlar essas partes de nosso corpo, geralmente é porque temos algum problema.
E, tal como não nos preocupamos em ter controle sobre nosso sistema autônomo, mas mesmo assim ele (quase sempre) funciona, deveríamos aprender a deixar os eventos, as pessoas e os sentimentos fluírem.
Ao se libertar da ilusão do controle, ganhamos controle sobre a ilusão e passamos realmente a viver."

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Mindfulness na prevenção da recaída da depressão



Para fundamentar o uso de  mindfulness na prevenção de recaída da depressão é importante que a pessoa aprenda a detectar, reconhecer e depois permitir que vão embora pensamentos automáticos, antes que estes reiniciem o espiral rumo à depressão. 

Há um programa padrão de Segal, Williams e Teasdale (2002) que inclui, como o de Kabat-Zinn (1990), oito sessões com intervalos semanais, mas os grupos são menores, normalmente atendendo doze participantes, sendo que estes não podem estar deprimidos à época em que participam do treino. 

Primeiro, discute-se o fenômeno do piloto automático. Depois, as habilidades de mindfulness são treinadas. Finalmente, ensina-se como usá-las para lidar com pensamentos automáticos e como cortar o espiral depressivo no seu início.

As sensações somáticas (por exemplo: fadiga, desânimo) e emoções (por exemplo: tristeza), que são resultados desses pensamentos, também fornecem novas entradas no sistema implicacional, onde podem alimentar esquemas depressogênicos. 

O ponto principal do raciocínio de Teasdale, Segal e Williams (1995) é que não são os pensamentos disfuncionais que causam a recaída na depressão, mas a forma em que a pessoa os processa. Nesse aspecto o Mindfulness teria um funcionamento cognitivo incompatível com a configuração cognitiva que leva à recaída. 

Os exercícios provenientes do programa de Kabat-Zinn (1990) permitem que a pessoa aprenda a perceber os primeiros sinais de perturbação emocional, e, ao mesmo tempo, mantenha uma perspectiva adequada sobre os pensamentos depressogênicos que emergem.

Teasdale (2002) mostrou que as pessoas que têm mais ganho com este treino de mindfulness são aquelas com episódios depressivos recorrentes. Isto pode ser compreendido, já que se ensina aos participantes que o círculo vicioso depressivo é iniciado não pelo sentimento ou pensamento negativo, mas pelas tentativas emocionais ou racionais de esquiva que levam a um aumento dos conteúdos que eles tentam suprimir. 

Com as técnicas de mindfulness , aprende-se a detectar o momento em que o humor está abaixando e a impedir a passagem que o piloto automático faz do humor negativo para o pensar negativo. 

Desenvolve-se a capacidade de aceitar o humor triste como parte do cenário e não como o aspecto 
central de sua existência. Aprende-se, por meio dos exercícios de mindfulness , a estar no momento 
presente, sem precisar acessar idéias a respeito do passado ou do futuro. 

Fonte: Mindfulness nas terapias cognitivas e comportamentais

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Felicidade e atitude de gratidão



Diversas vezes, focamos apenas naquilo que ainda não temos ou não conquistamos e nos esquecemos de algo muito importante: valorizar o que já temos. 
Valorize o que você já tem e seja grato por isso. Agradeça por sua saúde, por sua família, por seus amigos, por sua vida! 
Seja feliz!
A felicidade pode ser encontrada em pequenos gestos e em várias situações do seu dia a dia. 
Evite preocupações excessivas, tenha bons pensamentos, veja o lado bom das situações, festeje as pequenas vitórias e tenha uma atitude de gratidão. 


“Sou o que quero ser, 
porque possuo apenas uma vida 
e nela só tenho uma chance de fazer o que quero. 
Tenho felicidade o bastante para fazê-la doce, 
dificuldades para fazê-la forte, 
Tristeza para fazê-la humana 
e esperança suficiente para fazê-la feliz. 
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas 
elas sabem fazer o melhor das oportunidades 
que aparecem em seus caminhos”

(Clarice Lispector)

sábado, 30 de abril de 2016

Viajar faz bem!


Local: Duna do pôr do sol em Jericoacoara - CE


Deixei de postar no blog nas últimas semanas, pois estava de férias e aproveitei para viajar. 

Foi ótimo para descansar, relaxar e conhecer lugares novos. Quando eu viajo me "desconecto" da vida cotidiana e aproveito ao máximo o momento presente. 


Viajar pode trazer vários benefícios, em especial para a redução do estresse diário. 



Viajar nos dá a oportunidade de desconectar da rotina

Quando viajamos paramos de pensar nos problemas da vida cotidiana com tanto foco e talvez seja essa saída para manter a mente relaxada e consequentemente achar uma solução mais clara. Com a rotina do dia a dia perdemos um pouco de contato com nós mesmos. A viagem faz com que você tenha mais tempo livre, 
fazendo com que você retome um contato interno. Sair de férias nos permite recarregar as baterias, desligando-nos da nossa vida regular.

Viajar aumenta o nosso conhecimento e amplia a nossa perspectiva

Conhecer novas culturas é fantástico para a mente, isso nos dá uma nova perspectiva sobre a vida, podendo nos ajudar a mudar alguns dos nossos hábitos. Descobrir diferentes valores é muito interessante.

Viajar muito ajuda na adaptação das mudanças da vida

As pessoas que viajam muito, em geral, estão mais abertas as mudanças que a vida pode oferecer.
Novas experiências aumentam nossa desenvoltura por situações de vida que você nunca iria encontrar em casa. Além disso, a mente mais aberta consegue achar soluções mais rápidas para inúmeros 

problemas.

Viajar cria memórias para toda a vida

Ao viajar você cria novas memórias, pode dar uma nova perspectiva sobre o seu relacionamento ou cimentar o vínculo para sempre. Além disso, você terá boas histórias para contar às pessoas.

Fonte: posestacio