quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Controle das Emoções


Fonte: www.zorbuddha.org | www.vascogaspar.com

Um punhado de sal

- Mestre, esta última semana tem sido muito desafiante para mim.
- O que se passa?
- Ao focar-me nas emoções, especialmente nas negativas, fico muito sobressaltado! Passo o tempo todo a ruminar nos eventos
e é-me muito difícil não me deixar envolver.
- Vai buscar um copo de água e dois punhados de sal. - o aprendiz assim fez - Agora despeja um punhado de sal para dentro do copo, mexe bem e depois prova.
- A que sabe? - perguntou o mestre.
- A que sabe?? Sabe a sal, claro! Havia de saber a quê?
- Agora deita o outro punhado de sal no poço lá fora, mexe bem e depois prova - o aprendiz assim fez - A que sabe?
- Sabe a água normal.
- Que interessante. Em ambos os casos apenas um punhado de sal, mas diferentes “espaços” em que ele foi diluído. A emoção pode ser vista como um desses punhados de sal. À medida que vais praticando irás ganhando espaço para a observar e ela simplesmente irá dissolver-se, deixando de te incomodar.

Fonte: Teaching Mindfulness (adaptado) / www.zorbuddha.org | www.vascogaspar.com


terça-feira, 30 de agosto de 2016

FELICIDADE


     


Perguntaram ao Dalai Lama:
- O que mais te surpreende na Humanidade?
E ele respondeu:
- Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.


COMO ALCANÇAR A FELICIDADE

Para começarmos, podemos dividir todo tipo de felicidade e sofrimento em duas categorias principais: mental e física. Das duas, é a mente que exerce a maior influência em muitos de nós. A menos que estejamos gravemente doentes, ou privados de nossas necessidades básicas, a condição física representa um papel secundário na vida. Se o corpo está satisfeito, praticamente o ignoramos. 

A mente, entretanto, registra cada evento, por mais pequeno que seja. Por isso, deveríamos devotar nossos mais sérios esforços à produção da paz mental. A partir de minha própria limitada experiência, descobri que o mais alto grau de tranqüilidade interior vem do desenvolvimento do amor e da compaixão. Quanto mais nos ocuparmos com a felicidade alheia, maior se tornará nossa sensação de bem-estar. 

O cultivo de sentimentos amorosos, calorosos e próximos para com os outros automaticamente descansa a mente. Isto ajuda a remover quaisquer temores ou inseguranças que possamos ter e, nos dá força para enfrentarmos quaisquer obstáculos que encontramos. É a principal fonte de sucesso na vida. Enquanto vivemos neste mundo estamos destinados a encontrar problemas. 

Se, nessas ocasiões, perdemos a esperança e nos desencorajamos, diminuímos nossa habilidade de encarar as dificuldades. Se, por outro lado, nos lembramos que não se trata apenas de nós, mas, que todos têm de passar por sofrimento, esta perspectiva mais realista aumentará nossa capacidade e determinação para sobrepujarmos os problemas. 

Na verdade, com essa atitude, cada novo obstáculo pode ser encarado como sendo mais uma valiosa oportunidade de aprimorar nossa mente! Desse modo, podemos gradualmente nos esforçar para nos tornarmos mais compassivos, ou seja, podemos desenvolver tanto a genuína empatia pelo sofrimento dos outros, quanto a vontade de ajudar a remover sua dor. Como resultado, crescerão nossas próprias serenidade e força interior.

Particularmente, estou passando por problemas sérios de saúde no momento, e problemas pessoais, esse blog tem me inspirado a buscar frases e pensamentos felizes para compartilhar com vocês. E isso realmente tem me ajudado. A vida tem fases, algumas boas e outras nem tanto, o importante é buscar algo dentro de você, que te estimule a continuar seguindo em frente, com a cabeça erguida e em paz.

Fonte: Dalai Lama (modificado)

domingo, 28 de agosto de 2016

Em defesa da felicidade!


Reduzir o “acelerador” e aumentar o “travão”

Vários estudos têm vindo a comprovar os benefícios de quando reduzimos a atividade do nosso sistema nervoso simpático (o nosso “acelerador” interno) e aumentamos a atividade  do sistema nervoso parassimpático (o nosso “travão” interno).

Ao praticarmos meditação mindfulness estamos a promover uma redução da ativação do sistema nervoso simpático, que deixa de estar hiperativo como acontece quando estamos sob estresse, o que faz com que o corpo responda de forma mais favorável, verificando-se, por exemplo:

- um aumento do relaxamento muscular e um melhor funcionamento do sistema digestivo;

- uma redução da pressão arterial e dos níveis de colesterol;

- uma redução do metabolismo, que reflete o consumo de energia do organismo, pelo que a pessoa tende a experienciar um aumento de energia e de vitalidade;

- o coração passar a trabalhar com menor resistência, reduzindo as necessidades de oxigênio  no organismo;
- uma melhoria significativa no sistema imunitário, especialmente em termos do aumento dos linfócitos NK e CD4, fundamentais nos processos de defesa do organismo.

Fonte do texto: Reinventing Yourself (adaptado)

 atenção funciona como um espelho

- Mestre, tenho ido ao ginásio como disse mas ainda assim nem sempre é fácil.

- Então?

- Já tenho conseguido uns maiores momentos de quietude, é certo. Já consigo observar melhor a respiração, observar melhor o corpo, mas quando chega às emoções... Sinto que é mais difícil não me deixar “sequestrar” pelas mesmas. Quando são emoções “boas” tendo a ficar a “fantasiar” sobre elas, perdendo-me em pensamentos. Quando são “más”, tendo a evitá-las, fugir delas e muitas vezes fico a “ruminar” no que as causou ou a antecipar formas de que elas não voltem a aparecer...

- Isso faz parte do processo, é normal. Procura simplesmente observá- las com curiosidade, de forma presente. Verás que pouco a pouco conseguirás observá-las sem te deixares influenciar por elas. Procura usar a tua atenção como se fosse um espelho...

- ... um espelho, como assim?

- Já reparaste que o espelho consegue refletir tudo sem nunca se alterar? Independentemente do que lhe puseres à frente ele simplesmente reflete isso, seja bom ou mau, mas nunca se altera. Pois a atenção deve ser vista como a superfície de um espelho, refletindo  milhares de “imagens” mas nunca se alterando.

Fonte do texto: Em defesa da felicidade (adaptado)

Fonte: www.zorbuddha.org | www.vascogaspar.com

sábado, 27 de agosto de 2016

Algumas Considerações sobre “Estresse”, Mindfulness e Promoção da Saúde

O “estresse” ocorre naturalmente em nosso dia-a-dia, em resposta aos desafios fisiológicos e psicológicos do cotidiano. O nosso corpo responde a esses desafios ativando mecanismos comportamentais, neuroendócrinos, imunológicos e metabólicos, que adaptam nosso organismo aos “estressores” físicos e psicológicos da vida diária. 

Entretanto, quando o nível desses desafios ou “estressores” está muito alto, e/ou os mesmos perduram por longos períodos, ou, ainda, quando nossas “defesas” internas não estão funcionando adequadamente (devido a doenças ou estilos de vida inadequados), pode haver conseqüências severas para nossa saúde, o que podemos chamar de um estado de “distresse” (ou “estresse” anormal ou patológico). 

O “distresse” ou “estresse” em níveis elevados é um fator de risco para uma grande variedade de doenças e condições crônicas, incluindo depressão, ansiedade, dor crônica, diabetes mellitus, câncer, obesidade e hipertensão. As manifestações físicas e emocionais associadas ao aumento dos níveis de estresse na população têm sido apontadas e evidenciadas como extremamente prejudiciais à saúde das pessoas e nações. 

Além do estresse gerado pelas mudanças recentes no estilo de vida das populações e pelas experiências de violência e sobrecarga no cotidiano e nos ambientes de trabalho, um número crescente de pessoas sofre com o estresse proveniente da convivência com doenças crônicas, como as citadas anteriormente. 

"Mindfulness” e outras práticas contemplativas podem auxiliar as pessoas a lidarem melhor com os “estressores” do dia-a-dia, por meio de mecanismos relacionados à melhor regulação emocional e ao aumento da flexibilidade psicológica, prevenindo ou melhorando o estado de “distresse”, promovendo a saúde e uma melhor qualidade de vida.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

COMPAIXÃO

O PODER DA COMPAIXÃO

"A vida não é fácil hoje. Existe muita competição, agitação, correria, o que pode tornar a mente tensa. E quando isso acontece, as pessoas vão buscar a Paz e a tranqüilidade no externo; tratam da vida como se estivessem num parque de diversões, tentando evitar seus problemas. Isso gera conflitos. É preciso olhar para dentro de forma séria, achar o jeito de usar seus recursos internos.

Entendo por ética toda motivação – seja de corpo, de fala ou de mente - que tem o objetivo de trazer benefícios para o outro e para si mesmo. O importante aqui é que a motivação seja sincera. Quando voltado para ajudar o outro, servir, compartilhar o que tenho, isto é ética. 

Pode ser através de uma palavra; se tem por trás uma motivação sincera é um ato ético. Mas um ato praticado com um sorriso artificial nos lábios ou oferecendo um presente sem intenção boa e verdadeira ou com a intenção de prejudicar o outro, são atos anti-éticos. Se existe sinceridade na motivação - motivação genuína - mesmo que apareça como uma palavra mais dura, é uma atitude ética em essência.

Mesmo que seja ligado ao benefício do outro, também o ato ético traz benefício para quem pratica. A curto prazo talvez a pessoa não sinta o efeito. Mas praticando compaixão, com o tempo, colhe os benefícios para si mesmo. 

Compaixão faz parte de nós sempre: a criança está sob a influência da compaixão desde seu primeiro dia de vida. Ela é imprescindível para a vida: se a criança não receber afeto e cuidado desde que nasce, não sobrevive.

Acreditar que a prática da compaixão é basicamente voltada para o benefício do outro e não para si mesmo é um erro. A prática da compaixão traz benefícios imediatos para quem pratica. Fazendo o bem, ajuda aos outros, o que automaticamente traz para você auto-confiança, reduz o medo e a ansiedade na vida. A compaixão na vida torna mais fácil fazer amigos. Um sorriso genuíno encanta as pessoas que sorriem de volta; o mesmo acontecendo com os animais ao receberem o carinho.

Expressar compaixão genuína também é um afeto. Diante do calor que vem do coração, vêm respostas na forma de gestos de compaixão genuína. Com má vontade brota a raiva, a suspeita e a desconfiança, o que causa desconforto na vida. Viver com raiva, ódio, suspeita de tudo, é como se estivesse andando num corredor escuro, como se tudo fosse ameaçador.

Quando olhamos para os atos humanos, é essencial saber qual a motivação para esses atos, e assim também é importante saber qual a nossa motivação. Se a motivação é para a paz, é um ato construtivo. Motivação que tem por base ignorância, raiva, inveja são ações humanas destrutivas, mesmo que ligadas a motivos religiosos. É importante saber qual a nossa motivação em nossos atos. Motivação correta, ligada à compaixão, tem papel fundamental. Compaixão correta é aquela que vem acompanhada de sabedoria.

E a compaixão verdadeira, acompanhada de sabedoria, leva à paz de espírito que se reflete em uma vida pessoal e familiar melhor e mais tranqüila. Assim se constroem comunidades e nações mais saudáveis. Essa é a força da compaixão. Cultive-a."

Fonte: Dalai Lama (modificado)

terça-feira, 16 de agosto de 2016

E- book gratuito: Reduzir o Estresse





Segue link para ter acesso ao e-book com dicas simples e práticas para a redução do estresse diário excessivo: http://www.livrosdigitais.org.br/livro/41498EWRV15EZK?page=0

                                  
     

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Mindfulness nas empresas

    Foto: Arthur Nobre

Acontece sempre ao meio-dia. Na sala com iluminação reduzida, o grupo se reúne. Aos poucos, cada um se acomoda em uma posição confortável, entre almofadas. Todos fecham os olhos e se concentram nas próprias respirações. 

Menos de meia hora depois, a turma abre os olhos e se levanta. Pronto. Todos estão renovados para encarar o resto do dia de trabalho – que, aliás, os aguarda do outro lado da porta.
É assim que funciona o grupo de meditação do Google. De segunda a sexta, antes do almoço, até 15 funcionários do site de buscas se isolam por 20 minutos em uma sala, que lembra uma choupana, na sede da empresa, em São Paulo. 

Nesse período, essa pequena turma se dedica a exercícios que buscam acalmar a mente e aumentar o foco. Quem participa dessas sessões garante que, após as pequenas pausas, tem um dia mais produtivo e menos estressante.
Hoje, a esse tipo de atividade dá-se o nome de mindfulness. A expressão foi traduzida no Brasil como “atenção plena”. Ela tem origem na meditação budista. No mindfulness, contudo, ela é dissociada do cunho espiritual ou religioso geralmente vinculado à prática. 
A técnica despertou o interesse de acadêmicos nos Estados Unidos durante os anos 70. Começou a ter seus efeitos pesquisados por Jon Kabat-Zinn, da Universidade de Massachusetts, e Ellen Langer, de Harvard. Kabat-Zinn criou um programa de redução de estresse baseado na meditação mindfulness e fez pesquisas na área da saúde, estudando sua utilização em pacientes com câncer e doenças crônicas. 
Nos últimos dez anos, o mindfulness vem avançando sobre o ambiente corporativo. Hoje, a seguradora Aetna, o LinkedIn, a gestora de fundos BlackRock e o banco Goldman Sachs estão entre as companhias que aderiram a esses exercícios nos Estados Unidos. No Brasil, o método ainda é pouco conhecido. O Google é uma das poucas empresas a adotá-lo, ainda assim por influência da sede americana.
Não é para todos...
É claro que nem todo mundo quer passar 15 minutos entre exercícios de meditação. Para muitos, esse tipo de atividade soa como perda de tempo e pensam que a empresa é um ambiente inapropriado para praticá-la. “Tem limitações. Algumas pessoas vão achar isso chato ou cansativo”, afirma Tiago Tatton, psicólogo com especialização em mindfulness.
A questão que fica é: afinal, funciona ou não? Para muitos, sim. Steve Jobs, por exemplo, meditava. Ao seu biógrafo, Walter Isaacson, ele disse que o exercício de ouvir os próprios pensamentos e tentar acalmar a mente aflorava a intuição, permitia enxergar as “coisas” (leia-se tudo) com mais clareza. Ou seja, com base no que ele produziu, mal não deve fazer. Vai ver que, por isso mesmo, essa onda de “meditação corporativa” só faz crescer.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Don't worry...





      



    Fonte da imagem: Luz

Mestre, sinto-me agitado, com muitos pensamentos, desconforto no corpo, emoções fortes. Não consigo meditar. A minha mente não pára quieta!
- Pensa na tua mente como se fosse um oceano, respondeu calmamente o mestre.
- Um oceano? Como assim?
- Quando te sentares para meditar lembra-te que podes ver a tua mente como um oceano profundo. Lembra-te que como qualquer oceano ele tem uma parte à superfície e outra em profundidade. Por vezes a superfície está calma, não há ondas, tudo está sereno. Noutras, verdadeiras tempestades fazem com que vagas gigantes se ergam vários metros no ar...
- ..humm, sim... mas não percebo o que isso tem a ver com a mente.
- Tem tudo a ver com a mente... com ela passa-se o mesmo. Há dias em que vais meditar e tudo está sereno, tranquilo. Noutros em que encontras “vagas gigantes”, de pensamentos, emoções, desconforto. No entanto, se reparares, mais fundo, nas profundezas do oceano, tudo está sempre sereno, tudo está sempre tranquilo. Quando te sentares para meditar permite a ti próprio mergulhares nesse teu oceano e meditares a partir daí. Independentemente de como estiver a superfície, lá fundo encontrarás sempre quietude.

Fonte: Search Inside yourself (adaptado)

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Viva o agora!


Fonte da imagem: Frases Osho

As pessoas se sentem muitas vezes rejeitadas porque antes mesmo delas darem algo, já existe a expectativa. Se a expectativa não for satisfeita, elas se sentem rejeitadas. É a expectativa que está criando problema, não o amor.

Dê o amor sem qualquer corda amarrando-o.    
Dê o amor pelo puro prazer de dar. Alegre-se dando-o.

O pássaro cuco, ao cantar distante, não se preocupa se alguém está gostando ou não. A estrela distante - você pensa que ela está preocupada se um poeta está escrevendo um belo poema sobre ela ou se um Vicent van Gogh está pintando-a, ou se um fotógrafo ou um astrônomo estão preocupados com ela? A estrela não está interessada nisso. A sua alegria está em continuar brilhando.

Simplesmente abra o seu coração... E abra-o, sem quaisquer expectativas e condições. 

...E você está me perguntando: Seria este o tempo e o lugar para abrir o meu coração?

Todo tempo e todo lugar é o lugar certo!

...Você esperou tempo demais, não espere mais.

Este é o tempo... 

Viva o momento presente!

Osho (modificado)