segunda-feira, 16 de maio de 2016

"A ilusão do controle"


Gostei muito desse artigo que li na ISTOÉ:
"Acho importante termos a ilusão do controle, pois ela nos ajuda a manter uma certa consistência em um mundo em constante mudança e evolução. O problema é quando confundimos a ilusão com a realidade.
A realidade é que os fatores que determinam o futuro de uma criança, uma empresa ou até um país estão, muitas vezes, totalmente fora de nosso controle ou consciência.
Mas, se não temos controle, o que fazer? Não tenho a resposta para essa questão, mas compartilho com você algumas dicas que funcionaram para mim:
1) Assuma que o controle é uma ilusão. Ao reconhecer que o número de fatores desconhecidos em qualquer situação é muito maior do que o de conhecidos, passamos a ter controle sobre não ter controle. Isso pode parecer dicotômico, mas vai lhe dar uma grande sensação de paz.
2) Saiba que tudo que está fazendo neste momento é o melhor que pode fazer. Existe um limite físico e mental para tudo o que fazemos. Além deste limite existe a fé. Se você tem fé que está fazendo o melhor que pode com o que tem, tudo que fizer se tornará mais fácil.
3) Aceite os fluxos da vida. Tudo nesta vida tem seu momento. Saber reconhecer e aceitar isso como parte da vida lhe permite evitar de tentar “plantar no outono” ou “colher frutos na primavera”. Utilize os momentos de contrafluxo para afiar seu machado.
4) Lembre-se que nada nesta vida é estático. Das águas dos oceanos às células de nosso corpo, tudo está em constante mutação. Ter consciência disso lhe permitirá saber que a todo momento existe uma chance para começar de novo.
5) Entenda que a vida é um grande e maravilhoso mistério. Embora não saibamos de onde viemos, para aonde vamos e às vezes quem somos, não devemos deixar de viver cada dia como se fosse o verdadeiro milagre que é.
Curiosamente, quase nenhum de nós tem domínio consciente sobre as funções mais básicas de nosso corpo. Respiramos, comemos e fazemos nosso coração funcionar sem esforço algum. Aliás, quando precisamos nos esforçar para controlar essas partes de nosso corpo, geralmente é porque temos algum problema.
E, tal como não nos preocupamos em ter controle sobre nosso sistema autônomo, mas mesmo assim ele (quase sempre) funciona, deveríamos aprender a deixar os eventos, as pessoas e os sentimentos fluírem.
Ao se libertar da ilusão do controle, ganhamos controle sobre a ilusão e passamos realmente a viver."

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Mindfulness na prevenção da recaída da depressão



Para fundamentar o uso de  mindfulness na prevenção de recaída da depressão é importante que a pessoa aprenda a detectar, reconhecer e depois permitir que vão embora pensamentos automáticos, antes que estes reiniciem o espiral rumo à depressão. 

Há um programa padrão de Segal, Williams e Teasdale (2002) que inclui, como o de Kabat-Zinn (1990), oito sessões com intervalos semanais, mas os grupos são menores, normalmente atendendo doze participantes, sendo que estes não podem estar deprimidos à época em que participam do treino. 

Primeiro, discute-se o fenômeno do piloto automático. Depois, as habilidades de mindfulness são treinadas. Finalmente, ensina-se como usá-las para lidar com pensamentos automáticos e como cortar o espiral depressivo no seu início.

As sensações somáticas (por exemplo: fadiga, desânimo) e emoções (por exemplo: tristeza), que são resultados desses pensamentos, também fornecem novas entradas no sistema implicacional, onde podem alimentar esquemas depressogênicos. 

O ponto principal do raciocínio de Teasdale, Segal e Williams (1995) é que não são os pensamentos disfuncionais que causam a recaída na depressão, mas a forma em que a pessoa os processa. Nesse aspecto o Mindfulness teria um funcionamento cognitivo incompatível com a configuração cognitiva que leva à recaída. 

Os exercícios provenientes do programa de Kabat-Zinn (1990) permitem que a pessoa aprenda a perceber os primeiros sinais de perturbação emocional, e, ao mesmo tempo, mantenha uma perspectiva adequada sobre os pensamentos depressogênicos que emergem.

Teasdale (2002) mostrou que as pessoas que têm mais ganho com este treino de mindfulness são aquelas com episódios depressivos recorrentes. Isto pode ser compreendido, já que se ensina aos participantes que o círculo vicioso depressivo é iniciado não pelo sentimento ou pensamento negativo, mas pelas tentativas emocionais ou racionais de esquiva que levam a um aumento dos conteúdos que eles tentam suprimir. 

Com as técnicas de mindfulness , aprende-se a detectar o momento em que o humor está abaixando e a impedir a passagem que o piloto automático faz do humor negativo para o pensar negativo. 

Desenvolve-se a capacidade de aceitar o humor triste como parte do cenário e não como o aspecto 
central de sua existência. Aprende-se, por meio dos exercícios de mindfulness , a estar no momento 
presente, sem precisar acessar idéias a respeito do passado ou do futuro. 

Fonte: Mindfulness nas terapias cognitivas e comportamentais

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Felicidade e atitude de gratidão



Diversas vezes, focamos apenas naquilo que ainda não temos ou não conquistamos e nos esquecemos de algo muito importante: valorizar o que já temos. 
Valorize o que você já tem e seja grato por isso. Agradeça por sua saúde, por sua família, por seus amigos, por sua vida! 
Seja feliz!
A felicidade pode ser encontrada em pequenos gestos e em várias situações do seu dia a dia. 
Evite preocupações excessivas, tenha bons pensamentos, veja o lado bom das situações, festeje as pequenas vitórias e tenha uma atitude de gratidão. 


“Sou o que quero ser, 
porque possuo apenas uma vida 
e nela só tenho uma chance de fazer o que quero. 
Tenho felicidade o bastante para fazê-la doce, 
dificuldades para fazê-la forte, 
Tristeza para fazê-la humana 
e esperança suficiente para fazê-la feliz. 
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas 
elas sabem fazer o melhor das oportunidades 
que aparecem em seus caminhos”

(Clarice Lispector)

sábado, 30 de abril de 2016

Viajar faz bem!


Local: Duna do pôr do sol em Jericoacoara - CE


Deixei de postar no blog nas últimas semanas, pois estava de férias e aproveitei para viajar. 

Foi ótimo para descansar, relaxar e conhecer lugares novos. Quando eu viajo me "desconecto" da vida cotidiana e aproveito ao máximo o momento presente. 


Viajar pode trazer vários benefícios, em especial para a redução do estresse diário. 



Viajar nos dá a oportunidade de desconectar da rotina

Quando viajamos paramos de pensar nos problemas da vida cotidiana com tanto foco e talvez seja essa saída para manter a mente relaxada e consequentemente achar uma solução mais clara. Com a rotina do dia a dia perdemos um pouco de contato com nós mesmos. A viagem faz com que você tenha mais tempo livre, 
fazendo com que você retome um contato interno. Sair de férias nos permite recarregar as baterias, desligando-nos da nossa vida regular.

Viajar aumenta o nosso conhecimento e amplia a nossa perspectiva

Conhecer novas culturas é fantástico para a mente, isso nos dá uma nova perspectiva sobre a vida, podendo nos ajudar a mudar alguns dos nossos hábitos. Descobrir diferentes valores é muito interessante.

Viajar muito ajuda na adaptação das mudanças da vida

As pessoas que viajam muito, em geral, estão mais abertas as mudanças que a vida pode oferecer.
Novas experiências aumentam nossa desenvoltura por situações de vida que você nunca iria encontrar em casa. Além disso, a mente mais aberta consegue achar soluções mais rápidas para inúmeros 

problemas.

Viajar cria memórias para toda a vida

Ao viajar você cria novas memórias, pode dar uma nova perspectiva sobre o seu relacionamento ou cimentar o vínculo para sempre. Além disso, você terá boas histórias para contar às pessoas.

Fonte: posestacio





domingo, 20 de março de 2016

Meditação nas Escolas

                                       
    Fonte: Neuro Educação

Para iniciar as práticas de Mindfulness nas escolas é interessante ampliar o projeto para que pais, educadores e as crianças incorporem as práticas de Mindfulness na sua vida. 

Quais as vantagens em usar o Mindfulness nas escolas?

Quando começam a praticar Mindfulness, os professores começam a notar que o nível de estresse excessivo diminuem. Os pais, por sua vez, expressam que se sentem mais tranquilos, compreendem melhor aos seus filhos, escutam com mais paciência e com mais atenção. 
Em ambos os casos, os educadores (pais e professores) ficam mais conscientes da educação. Os professores começam a escutar conscientemente seus alunos e observam melhor suas próprias reações. O professor começa a se perguntar com honestidade, humildade e valentia questões como: "Por quê fico nervoso com este aluno?" "O que realmente eu sinto quando meus alunos não prestam atenção nas minhas aulas ou não fazem as tarefas?" "Por quê me sinto tão inseguro com esse grupo?"
O Mindfulness ou a prática da atenção plena na educação não se refere somente à prática da meditação (que já é uma grande ferramenta), mas que também convida a essa auto-reflexão do papel de educador. 

Que benefícios o Mindfulness contribui aos escolares?

Quanto às crianças, elas vão se dando conta do que acontece à sua volta, no seu corpo, nas suas emoções e nos seus pensamentos. 
Podem melhorar sua memória a sua concentração, diminuir a impulsividade aumentando o autocontrole, pode potencializar a empatia e a compreensão dos demais e pode ocorrer diminuição do estresse, da agitação e das distrações. Valores como a compaixão, a generosidade e o altruísmo se desenvolvem com mais força, e finalmente, se formam crianças mais seguras e tranquilas. 
Fonte : inspirado na publicação de Patricia Diaz-Caneja Pedagoga, especializada em crianças com problemas de aprendizagem e instrutora de Mindfulness)

sábado, 19 de março de 2016

Dicas para administrar as oscilações de humor!

Há muitos fatores que contribuem para as variações e oscilações de humor. Algumas  pessoas conseguem administrar bem alguns fatores, que podem deixá-las irritadas ou tristes. Mas para a maioria, lidar com o estresse e outros fatores combinados pode ser um grande desafio. Administrar essa situação, de forma que ela não interfira em seu rendimento e vida profissional é muito importante.

1) IDENTIFIQUE:

Identifique a fonte de seu mau humor. Se você estiver em um dia crítico e de decisões importantes, isso é ainda mais importante. Por quê? Bom, o nosso humor é como um sinal do que está passando em nosso subconsciente e seu estado de espírito pode estar manifestando coisas muito mais sérias do que apenas um mau humor. 
  
 2) CONTROLE-SE:

Quando nos sentimos assim, normalmente, é porque não podemos controlar a situação e mudar as circunstâncias. É importante que você aprenda a ter paciência e saiba que nem tudo é controlável ou pode ser transformado de uma hora para a outra. 
  
 3) FAÇA UMA PAUSA:

Se puder, faça uma pausa. Aproveite para descansar a mente e fazer algo relaxante, como meditar, fazer uma massagem rápida, tomar um sorvete, fazer uma caminhada ou coversar com seus amigos.

Fonte: Oscilações de humor

quinta-feira, 17 de março de 2016

Práticas Informais de Mindfulness

Bom, faz um tempo que não posto dicas novas...
Estava um pouco estressadas esses dias e seria hipocrisia postar dicas de redução do estresse, quando eu estava uma "pilha". 
Enfim, agora estou equilibrada e vou usar a minha experiência de "semana estressada" para as dicas de hoje!
Como se acalmar?
Sugiro exercícios diários de Mindfulness. E aqui vão algumas dicas de atividades diárias, que diversas vezes executamos de forma mecânica, automática e inconsciente. A partir de agora, sugiro que ao realizar alguma destas atividades, foque e preste atenção no que você está fazendo.
Tomando banho:
Esta é uma das melhores atividades diárias para praticar Mindfulness, pois além de ser uma atividade prazerosa e ralaxante, ela proporciona uma série de estímulos e sensações, que na maioria das vezes não percebemos por tomarmos banho mecanicamente enquanto nossa cabeça está em qualquer outro lugar.
Ao tomar banho sinta a temperatura da água, sinta o toque das gotas do chuveiro caindo sobre o seu corpo e escorrendo por ele, observe cada sensação e cada movimento realizado. Nestes momentos não julgue a temperatura da água em boa ou má, simplesmente sinta. Observe o sabonete em contato com a sua pele, os movimentos verticais ou circulares, a espuma, o cheiro do sabonete e/ou xampu. Observe também como durante o banho sua mente vai para longe do momento presente, nestes momentos, apenas observe o processo de como sua mente trabalha e escapa do presente e retorne a sua experiência de tomar banho de forma completamente consciente, observe o que você está fazendo no momento, toda vez que sua mente for para qualquer outro lugar, gentilmente traga-a para o aqui e agora, consciente de cada movimento e sensação.
Escovando os Dentes:
Este exercício também é interessante para a prática informal de Mindfulness, pois assim como qualquer outra atividade, você poderá fazê-la de forma consciente. Sinta as cerdas da sua escova de dente sobre os seus dentes, sinta o gosto da pasta de dente e o ardor em alguns pontos das suas papilas gustativas, observe em que região da sua língua elas são ativadas. Sinta as cerdas da sua escova enquanto você escova a sua gengiva, a língua, experiencie cada sensação. Foque em cada movimento e sensação.
Os exercícios acima são uma coletânia de exercícios sugeridas pelo Professor de Psiciologia John P. Forsyth, Ph. D da University at Albany, Suny, mas que também podem ser encontrados em diversos livros sobre ACT, como Get Out of Your Mind & Into Your Life. A tradução foi adaptada por  Airamaia.